O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) pregou, em pronunciamento no
plenário da Câmara dos Deputados, o rompimento com o PMDB. O deputado
lamentou que os líderes do PMDB estejam articulando a aprovação da PEC
da maioridade penal.
“Estava em curso uma negociação com o PSDB para uma proposta
alternativa à redução da maioridade penal, que poderia ter dado bons
frutos, mas o presidente Eduardo Cunha entrou em cena, ameaçou o PSDB e
trouxe os tucanos na gaiola para uma posição mais retrógrada, mais
prejudicial à sociedade. Até o PDT, que em seu programa de televisão
defendia a manutenção da maioridade aos 18 anos, depois da pressão do
PMDB mudou de postura”, disse.
Além disso, o deputado afirmou ser “contraproducente” a permanência
de peemedebistas em cargos no 1º escalão do governo. “Imagino como deve
ser difícil a vida destes ministros, fazer parte de um governo,
construir um projeto para o país, e ver os líderes de seu partido
remando contra, boicotando o tempo todo”, disse.
Durante o discurso, o petista aconselhou ainda que Dilma conversasse
com o ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), sobre a experiência de
rompimento com o PMDB baiano que Wagner teve quando foi governador da
Bahia. “Sabe o resultado? Houve um rearranjo das forças políticas e, no
fim, terminamos com uma base governista mais fiel e coerente. Já o PMDB
minguou. Hoje o principal líder do partido na Bahia (Geddel Vieira Lima)
virou coadjuvante da oposição, perdeu as duas últimas eleições e todo
mundo pulou do barco, foi embora”, disse.
Segundo Solla, “o PMDB atualmente é o principal adversário do
governo”, já que “trabalha dia e noite pra boicotar e para constranger o
governo e para atacar o Partido dos Trabalhadores”.
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