Preocupado com os efeitos da Operação Lava Jato sobre o governo, que já enfrenta grave crise política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na terça-feira, 14, com a presidente Dilma Rousseff
e ministros, no Palácio da Alvorada, para montar a estratégia de
reação. No diagnóstico de Lula, o estrago foi grande com as buscas e
apreensões realizadas em casas de políticos da base aliada, como o
senador Fernando Collor (PTB-AL), e o cenário previsto é de mais
dificuldades.
“Preparem-se porque as coisas vão ficar piores”, afirmou o
ex-presidente, segundo relatos obtidos pelo jornal “O Estado de S.
Paulo”. O encontro começou por volta de meio-dia, com um almoço, e
terminou às 16h30. Lula estava furioso com a forma como a Polícia
Federal vem agindo e disse a Dilma que ela precisa sair logo dessa
agenda negativa.
“Você não tem que ficar falando de Lava Jato”, esbravejou Lula, de
acordo com dois participantes da reunião no Alvorada. “Você tem que
governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus
programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal.”
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