No começo de julho, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu desabafou com um amigo.
Disse que estava resignado diante da possibilidade de ser preso na
Lava Jato (o que se confirmou hoje), já que as tentativas de seus
advogados de obter um Habeas Corpus foram frustradas.
Dirceu afirmou ter feito o seguinte cálculo: se contar o que
sabe, poderá estar solto em três anos. Segundo o amigo, Dirceu disse que
estava propenso a “entregar todo mundo”.
A situação de Dirceu na Lava Jato ficou mais complicada depois de
depoimento do lobista Milton Pascowitch, preso em março na Lava Jato.
Pascowitch disse que a Engevix (empresa que fazia parte do cartel da
Petrobras) pagava consultorias à JD Consultoria Empresarial (empresa de
Dirceu) sem que o ex-ministro prestasse qualquer serviço. Ricardo
Pessôa, dono da UTC, também mencionou José Dirceu em seu depoimento.
Na sexta-feira, Renato Duque, ex-diretor da Petrobras que foi
indicado por Dirceu para o cargo, aceitou a delação premiada. Os
investigadores acreditam que Duque poderá detalhar os interesses de
Dirceu na Petrobras.
Dirceu tem 69 anos e cumpria prisão domiciliar em razão de sua condenação no processo do mensalão.
Na edição de ÉPOCA que circula nesta semana, a coluna EXPRESSO
antecipou que a situação de Dirceu na Lava Jato não estava serena.
Dirceu já preso na manhã de hoje.
Deu em Época
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