Como se já não bastassem as crises política e econômica que atingem o
governo, o Palácio do Planalto, agora, resolveu criar problemas com a
área militar. Na quinta-feira da semana passada, a presidente Dilma
Rousseff assinou decreto 8.515, que estava na gaveta da Casa Civil há
mais de três anos, tirando poderes dos comandantes militares e delegando
ao ministro da Defesa competência para assinar atos relativos a pessoal
militar, como transferência para a reserva remunerada de oficiais
superiores, intermediários e subalternos, reforma de oficiais da ativa e
da reserva, promoção aos postos de oficiais superiores e até nomeação
de capelães militares, entre outros.
Hoje, estes atos são assinados pelos comandantes militares. A medida
foi recebida com “surpresa”, “estranheza” e “desconfiança” pela cúpula
militar, que não foi informada que ela seria assinada pela presidente e
publicada no Diário Oficial de sexta-feira. Segundo apurou o jornal O
Estado de São Paulo, a responsabilidade pela decisão de o decreto ter
saído do fundo da gaveta para o DO estava sendo considerada um mistério.
No final do dia, no entanto, a Casa Civil informou que o envio do
decreto à presidente atendeu a uma solicitação da Secretaria-geral do
Ministério da Defesa, comandada pela petista Eva Maria Chiavon. Mas
todos ainda buscam explicações claras sobre o que realmente aconteceu
neste processo.
Dilma.
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