O juiz federal Sergio Moro aceitou nesta terça-feira (15) a denúncia
do Ministério Público Federal contra o ex-ministro José Dirceu e outras
14 pessoas acusadas de envolvimento na corrupção da Petrobras. A
informação é da Folha de São Paulo.
Três anos após ser condenado no julgamento do mensalão no Supremo
Tribunal Federal e com o cumprimento da pena ainda pendente, Dirceu
volta a ser réu em ação penal, desta vez acusado de corrupção passiva,
lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.
Pessoas próximas também foram incluídas no processo: o irmão Luiz
Eduardo e Julio César dos Santos, sócio JD Consultoria, empresa do
petista. O ex-ministro está preso desde 3 de agosto, quando foi
deflagrada a 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Pixuleco”.
Em despacho em que recebeu a denúncia, Moro afirma que há indícios
nas provas documentais de repasses feitos pelo lobista Milton Pascowitch
a favor de Dirceu. A denúncia afirma que o volume de pagamentos
relacionados a esse caso soma R$ 53,8 milhões. A ação se refere apenas a
obras da Petrobras em três refinarias e a uma unidade de tratamento de
gás.
De acordo com a acusação do Ministério Público Federal, a JD
Consultoria recebeu pagamentos de empreiteiras contratadas pela
Petrobras sem produzir nenhum tipo serviço de volta. Os procuradores
acreditam que os repasses na verdade eram propina com origem em
contratos na estatal, já que Renato Duque, ex-diretor de Serviços da
companhia, tinha apoio do ex-ministro. Duque também virou réu na ação.
José Dirceu.
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