Não bastasse a seca que assola o Rio Grande do Norte há quase cinco
anos, a perfuração de poços artesianos não tem mitigado a falta d’água
nas regiões mais afetadas pela escassez hídrica. Com aproximadamente 60%
do território encravado em superfícies cobertas por rochas cristalinas,
o lençol freático potiguar não consegue recompor suas perdas com as
chuvas pois tais superfícies não absorvem água facilmente. O resultado, é
a dificuldade que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos (Semarh) tem em perfurar poços capazes de verter água
de qualidade e em quantidade suficiente para o consumo humano. Cerca de
30% dos poços – dos 320 perfurados pela Semarh ao longo deste ano – não
verteram uma gota d’água.
O custo para a perfuração e operacionalização dos poços não é baixo. A
Semarh já investiu cerca de R$ 1,5 milhão em perfurações e mais R$ 1,2
milhão na instalação. “Nem todos estão vertendo água. Instalamos 60% dos
poços, mas perdemos 40% do que investimos. Infelizmente, não tem como
prever”, lamentou o titular da Semarh, Mairton França. Ele destacou,
ainda, que não existem estudos recentes sobre a capacidade de
armazenamento dos aquíferos potiguares. O mais atual é de 2003 e, em
parceria com o Instituto de Gestão das Águas (Igarn), a formatação de um
novo estudo está em curso pela Semarh.
Aí mata!!!!!
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