A Justiça Federal autorizou a
quebra do sigilo telefônico da sede do diretório nacional do PT, em São
Paulo, e de mais seis números que supostamente foram usados pelo
ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto, segundo o Ministério Público
Federal.
Os dados, já fornecidos pelas operadoras
de telefonia, também incluem interceptações telefônicas da linha do
Sindicato dos Bancários, de uma funcionária da Cooperativa Habitacional
dos Bancários (Bancoop), além da linha pessoal de Vaccari e de sua
esposa e de sua casa.
Dois números ligados ao coordenador da
Gráfica Atitude, Paulo Roberto Salvador, também tiveram o sigilo
quebrado. Os dados telefônicos cedidos vão de julho de 2010 a julho de
2015.
As medidas solicitadas pelo Ministério
Público Federal integram a ação que investiga se a Gráfica Atitude foi
usada pelo ex-tesoureiro do PT para lavar dinheiro de propina recebida
por contratos com a Petrobras. Ele nega as acusações.
O advogado de Vaccari, Luis Flávio
D’Urso, classificou as quebras de sigilo envolvendo outras pessoas e
entidades que não são seu cliente como “devassa” e entrou com uma
petição para tentar reverter a medida.
“Solicitamos que o juiz afaste telefones
de pessoas e de instituições, como o próprio PT, que são estranhas ao
processo, não tem ligação. Por isso não há necessidade dessas quebras.
Pedimos para que ele reverta essa situação”, disse D’Urso.
Vaccari está preso desde 15 de abril em Curitiba (PR).
Folha Press
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