A impressão pela urna eletrônica do voto do eleitor é um “passo
atrás”. A definição é do ministro José Antonio Dias Toffoli, presidente
do Tribunal Superior Eleitoral. Na noite de quarta-feira (18), o
Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff à lei que prevê a
impressão do registro do voto. Para implementar o projeto, Toffoli
informa que o tribunal gastará R$ 1,7 bilhão. Ele diz que não há tempo
hábil para implementar a medida nas eleições de 2016 e por isso o
procedimento deve ser adotado nas eleições gerais de 2018.
O ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, não está sozinho em seu
protesto contra a impressão do voto. Carlos Velloso considera “um
atraso” a decisão do Congresso de ressuscitar o voto impresso nas
eleições. “É a cultura do carimbo, herdada dos portugueses”, diz o
ministro aposentado, que vê na iniciativa “um resquício do complexo de
vira-latas citado por Nelson Rodrigues. Como os outros países não
adotaram, deve estar errado”.
Presidente do STF.
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