Afastado do cargo por suposto envolvimento em atos de corrupção,
apurados pela chamada “Operação Resistência” do Ministério Público
Estadual, o prefeito de Ielmo Marinho, Bruno Patriota Medeiros, se
tornou também alvo de uma ação de improbidade administrativa do
Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN). O gestor se
recusou a receber e responder requisições expedidas pelo MPF, que
investiga possíveis irregularidades na utilização de verbas federais
repassadas ao Município, além de indícios de acumulação irregular de
cargos públicos por parte de um secretário municipal.
O procurador da República Fernando Rocha, autor da ação, aponta que
um procedimento que tramita no MPF apura a omissão de Bruno Patriota
quanto à prestação de contas de verbas federais recebidas para a
distribuição de filtros de polipropileno, com recursos do Ministério da
Integração Nacional. Em 21 de julho de 2014, foram requisitadas ao
prefeito informações sobre os motivos da não apresentação da prestação
de contas. Porém o ofício foi devolvido pelos Correios, após ter sido
recusado por Bruno Patriota. Um novo documento foi entregue à Prefeitura
por um técnico do Ministério Público Federal, mas continuou sem haver
“qualquer resposta às indagações”.
O prefeito também se recusou a receber ou descumpriu requisições
relativas a outro procedimento, que apura supostas irregularidades
cometidas pelo secretário de Saúde de Ielmo Marinho, Sales de Araújo
Guedes, que manteria indevidamente vínculos funcionais com o Conselho
Regional de Farmácia e as secretarias municipais de Saúde de São Paulo
do Potengi e São Pedro.
Prefeito afastado.
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