As boas chuvas ocorridas durante o mês de janeiro, ocasionadas pela
presença de um Vórtice Ciclônico de Ar Superior de longa duração,
fizeram do primeiro mês de 2016 o mais chuvoso desde 2011. As
informações detalhadas foram levantadas pela Gerência de Meteorologia da
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).
Segundo os dados colhidos, “o monitoramento diário e mensal das
principais variáveis oceânicas/atmosféricas que influenciam na
ocorrência das chuvas no Nordeste tem mostrado uma evolução favorável.
Isso fica evidente no comportamento do Oceano Atlântico, onde as águas
superficiais do setor norte tem se apresentado mais frias do que o
normal, e o setor sul continua com águas mais aquecidas”.
Também foi observado que no Oceano Pacífico o fenômeno El Niño, que
durante os meses de outubro e novembro de 2015 se destacava como um dos
mais intensos dos últimos 30 anos (similar ao episódio de 1997/98),
atualmente se apresenta na condição de fenômeno moderado, mantendo a
tendência de normalidade a partir do próximo mês de maio.
Os Centros de Alta Pressão sobre o Hemisfério Norte fortalecem os
ventos, tanto sobre o oceano Pacífico, mantendo a tendência de
resfriamento das águas superficiais na região do El Niño, como sobre o
Atlântico Norte, fortalecendo os ventos Alísios de Nordeste e ajudando
na descida da Zona de Convergência Intertropical.
E é por que não ia chover.
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