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* Governo esclarece razões que levaram à morte de 60 toneladas de peixes.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Instituto de Gestão de Águas do RN (Igarn) e Idema, esclareceu em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (1º) as razões que levaram à morte de 60 toneladas de peixes na barragem de Umari, em Upanema, no último dia 19 de janeiro.

A coletiva aconteceu no auditório da Emater/RN, Centro Administrativo. Os estudos referentes à qualidade da água realizados pelo Igarn detectaram uma alteração no nível de amônia na parte do reservatório onde os tanques estavam instalados, o que reduziu a quantidade de oxigênio naquela parte da barragem. Dos 372 tanques-redes existentes na região, 156 foram afetados pelo problema. Segundo o diretor presidente do Igarn, Josivan Cardoso, a falta de oxigênio na água da barragem foi determinante para a morte do pescado. “A amônia é gerada por compostos orgânicos, então além da alteração no nível dessa substância, tivemos uma mudança de temperatura e uma redução no volume do reservatório devido à seca que o estado sofre, que resultaram na diminuição de oxigênio para os peixes daqueles produtores”, argumentou.

O subsecretário de Pesca e Aquicultura da Sape, Alberto Cortez, corrigiu o número de toneladas perdidas com o desastre: foram 60 e não 200 como foi divulgado no mês passado pelos pescadores. Dos 14 produtores que atuam na região, três estavam com a produção desativada; 11 foram atingidos com o problema, sendo que três tiveram perda total, três perda parcial e outros cinco não declararam perdas. A estimativa é de um prejuízo direto ao produtor de R$ 390 mil. “Mas sabemos que esse prejuízo pode ser acrescido em até R$ 200 mil se considerarmos a cadeia produtiva como um todo. Esses produtores deixaram de adquirir 90 toneladas de ração para esses peixes, o que só aí já representa em torno de R$ 145 mil que deixaram de ser aplicados na cadeia”, avalia o subsecretário.

O diretor técnico do Idema, Luiz Augusto Santiago, explicou que no que compete à licença para operar, todos os viveiros dos produtores estavam licenciados. No entanto, com o desastre ambiental ocorrido devido às condições da água, está proibido criar novos peixes, ficando autorizada apenas a despesca dos atuais.
peixe
Peixes mortos.
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