O publicitário baiano João Santana, marqueteiro das campanhas da
presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, recebeu US$ 7,5 milhões em conta secreta no exterior, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Investigadores suspeitam que ele foi pago com propina de contratos da Petrobras.
Santana e a mulher dele, a também publicitária Monica Moura, tiveram prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (22).
O casal está na República Dominicana, onde presta serviços de marketing
para Danilo Medina, candidato à reeleição à presidência naquele país.
O advogado Fábio Toufic informou à Justiça que Santana e Monica já
agendaram o retorno ao Brasil – que, segundo ele, deveria ocorrer nas
próximas horas.
O publicitário teria recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.
Representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Skornicki foi
preso nesta segunda e é apontado como operador do esquema.
"Há o indicativo claro de que esses valores têm origem na corrupção da
própria Petrobras. É bom deixar isso bem claro, para que não se tenha a
ilusão de que estamos trabalhando com caixa 2, somente", disse o
procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.
Segundo Filipe Pace, delegado da PF, “João Santana
e Monica, especificamente no caso de Zwi Skornicki, tinham
conhecimento, e tudo leva a crer, da origem espúria do recurso. Até pelo
método, utilização de contas para recebimento de recursos e celebração
de contatos ideologicamente falsos”.
João Santana e Dilma.
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