A presidente Dilma Rousseff enfrenta nesta terça-feira a reunião
do Diretório Nacional do PMDB, em Brasília, com apenas 6 das 27 unidades
da Federação favoráveis à permanência do partido no seu governo.
Levantamento do Correio aponta que lideranças de 14 diretórios estaduais
estão decididas a votar pelo fim do casamento entre PMDB e PT e a
entregar cargos ocupados por correligionários e apadrinhados. O restante
está dividido. O número de votos varia por estado, mas entre aqueles
que devem optar pela debandada estão os com maior número de votantes,
como Rio de Janeiro, que tem 12, e Minas Gerais, com 10.
Ao todo, serão 119 votantes e 155 votos. Essa diferença existe
porque alguns membros da executiva nacional têm direito a mais de um
voto por ocuparem cargos de liderança e presidência do partido ou de
diretório, por exemplo. Na Bahia, o ex-ministro da Integração Nacional
do governo Lula Geddel Vieira Lima acumula três votos por ser presidente
de diretório, ex-líder da bancada na Câmara e delegado do partido. Ele
defende a saída do governo.
O PMDB tem hoje sete ministros no governo Dilma: Marcelo Castro,
no Ministério da Saúde; Celso Pansera, no de Ciência, Tecnologia e
Inovação; Eduardo Braga, no de Minas e Energia; Henrique Eduardo Alves,
no Turismo; Kátia Abreu, no da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Hélder Barbalho, na Secretaria de Portos da Presidência da República; e
Mauro Lopes, na Secretaria de Aviação Civil. Todos eles defendem a
permanência, mas Kátia e Castro são os que mais têm se mostrado
resistentes em entregar seus cargos em prol da maioria.
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