A força-tarefa da Operação Lava Jato
afirmou ao juiz Sergio Moro que a empresa de palestras do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva alterou cadastro na Receita Federal em uma
“possível alteração de provas” para levar a erro as autoridades
judiciais.
Segundo o Ministério Público Federal, a
empresa de Lula mudou o número do telefone registrado na Receita Federal
depois da polêmica sobre grampos da Lava Jato terem alcançado o
escritório de advocacia que defende o ex-presidente, “Teixeira, Martins
& Advogados”.
A justificativa dos procuradores é que o
telefone grampeado, que seria do escritório, constava na Receita
Federal como o telefone da empresa de Lula. Por isso foi solicitada sua
interceptação.
A autorização do grampo no escritório
provocou polêmicas e foi alvo de uma reclamação movida no Supremo
Tribunal Federal pela AGU (Advocacia Geral da União), em nome da
presidente Dilma Rousseff.
De acordo com os procuradores, após a
polêmica em torno dos grampos, a empresa de Lula retirou o número do
escritório de advocacia de seu cadastro e colocou outro, inexistente:
(00) 1111-1111.
Até o dia 22 de março, o telefone alvo
de interceptação, diz o MP, continuava ligado à empresa de palestras.
Nesta segunda (4), o registro não constava no cadastro, sendo indicado
esse outro número.
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