G1/RN: “Estou me sentido derrotada. Ainda não acredito que ele morreu”. As
palavras são da técnica em enfermagem Jordânia Santos, de 21 anos,
companheira do engenheiro agrônomo paranaense Cleilton Cirino Coelho da
Silva, de 24, vítima de uma bala perdida na noite desta quarta-feira
(18) em um espetinho na cidade de Mossoró, na região Oeste potiguar.
Ela contou que um irmão de Cleilton vem ao Rio Grande do Norte para buscar o corpo. “Nós vamos levá-lo para o Paraná, onde ele será velado e sepultado”, afirmou.
“Como pode isso? Jamais imaginei passar por uma dor desse tamanho.
Quero forças. Preciso superar, isso vai me destruindo aos poucos. É
muito difícil saber que a cada segundo que passa eu fico me sentindo
mais distante dele. Queria acordar desse pesadelo. Só estou fisicamente
aqui, mais meu pensamento está muito distante”, disse Jordânia.
Ainda de acordo com Jordânia, ela e Cleilton não eram casados, mas viviam juntos há 3 anos em Baraúna,
cidade vizinha a Mossoró. “Tempo suficiente para descobrir o quanto era
admirável. Um homem honesto, trabalhador, que vai nos fazer uma falta
enorme”, relatou.
Jordânia, que tem uma menina de 4 anos de um outro relacionamento,
disse que Cleilton tratava a criança como se fosse sua própria filha.
“Ele a amava. E nós o amávamos também”, acrescentou.
O crime
Cleilton Cirino estava em um espetinho no bairro Aeroporto quando dois
homens se aproximaram já atirando. Segundo a Polícia Militar, o alvo dos
bandidos seria o churrasqueiro, que acabou atingido. Os tiros também
acertaram um outro homem que estava no local. O engenheiro morreu na
hora. Os outros dois baleados foram socorridos ao Hospital Regional
Tarcísio Maia, onde permanecem internados.
Cleilton, que era natural de Alto Paraná,
no Paraná, trabalhava em uma empresa agrícola na cidade de Baraúna. A
mulher dele contou que eles pretendiam se mudar para Mossoró nesta
quinta-feira.
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