Com crianças e pessoas que dependem de remédios feitos à base de
maconha, a Marcha da Maconha saiu, hoje (07), na orla da praia de
Ipanema, no Rio de Janeiro. É a 13a vez que ativistas se reúnem em
defesa da descriminalização da droga para uso terapêutico e recreacional
e fazem uma caminhada em direção à praia do Arpoador, na zona sul da
cidade. Mais de mil pessoas participaram.
O tema desta edição foi “A proibição mata todo dia”, em referência às
vítimas de confrontos com a polícia, por causa da atual política de
repressão. Nas contas da Campanha da Proibição Nasce o Tráfico, 230 mil
pessoas morreram na guerra às drogas entre 2009 e 2013.
Apesar de vendida e consumida em toda a cidade, a repressão à maconha
tem caráter classista e racista, disse o vice-presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, André Barros, um dos
organizadores. “A repressão só acontece onde moram os negros e pobres”,
denunciou. “Nossa luta não é pela legalização, é contra essa guerra”,
completou.
Marcha da maconha.
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