A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 21, a Operação
Turbulência contra um grupo especializado em lavagem de dinheiro, em
Pernambuco e Goiás, que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde
2010. A informação é do Estadão.
A investigação começou, segundo a PF, a partir da análise de
movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas
empresas envolvidas na aquisição da aeronave CESSNA CITATION PRAFA.
Esse avião transportava o ex-governador de Pernambuco e então candidato à
Presidência da República, Eduardo Campos pelo PSB, em seu acidente
fatal. O avião se acidentou em Santos, em agosto de 2014.
A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em
nome de “laranjas”, e que realizavam diversas transações entre si e com
outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas
na Operação Lava Jato.
Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas
examinadas servia para pagamento de propina a políticos e formação de
“caixa dois” de empreiteiras. Segundo a PF, o esquema sob apuração
encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010. Cerca de 200
policiais federais dão cumprimento a 60 mandados judiciais, sendo 33 de
busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão
preventiva.
Avião de Eduardo Campo no fundo.
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