O impacto das duas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a
prisão após condenação em segunda instância deve aumentar a população
carcerária em 3.460 pessoas, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas
(FGV). O projeto Supremo em Números calculou que essa é a quantidade de
réus condenados que recorrem a tribunais superiores e serão detidos a
partir do novo entendimento porque foram sentenciados a mais de oito
anos de cadeia. Significa um aumento de apenas 0,6% na população de
detentos, de 622 mil pessoas.
O estudo se contrapõe às críticas da Ordem dos Advogados do Brasil,
que ontem reafirmou as “graves injustiças que a medida certamente
causará, com o encarceramento de cidadãos inocentes, especialmente os
réus menos favorecidos”. No julgamento de quarta-feira, o ministro
Gilmar Mendes ironizou a situação dos novos presos da Operação
Lava-Jato, ao dizer que existe até “banho quente em Curitiba” para
atender “visitantes ilustres” que passaram a ocupar celas no Paraná.
Atrás das grades.
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