Em resposta ao assassinato de vários detentos em um presídio de
Roraima, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou ontem (18)
o apoio ao sistema carcerário do estado, com o envio de armamentos e a
transferência de presos. No entanto, para o promotor Carlos Paixão de
Oliveira, da promotoria de Execução Penal de Roraima, a medida será
pouco eficaz e só uma providência resolve o problema da Penitenciária
Agrícola de Monte Cristo: sua demolição e a construção de outro presídio
no lugar.
“Ali não tem outro jeito, além de construir outro presídio. Se os
presos quiserem, fazem outra carnificina lá dentro agora porque o
presídio não consegue segurar ninguém. Aquele presídio não presta”,
disse o promotor à Agência Brasil. A questão, segundo ele, passa pela
construção frágil, de paredes erguidas com tijolo de barro. Na rebelião
do último domingo (16), presos ligados à facção PCC abriram buracos nas
paredes até chegarem à ala onde estavam seus alvos, membros do Comando
Vermelho. Foram dez mortos nas contas do governo e 25 na contabilidade
dos próprios detentos.
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