Uma manifestação contra a proibição das vaquejadas reúne hoje (25),
na Esplanada dos Ministérios, vaqueiros e cavalos vindos de diversos
estados. Com faixas e um carro de som posicionado próximo ao Congresso
Nacional, vaqueiros e empresários do setor negam que a prática
signifique maus tratos aos animais e afirmam que, além de elemento da
cultural, a atividade é fonte de geração de emprego e renda.
A organização do evento diz que cerca de 700 caminhões de transporte
de animais e 6 mil pessoas vieram a Brasília para a manifestação. São
dois mil animais, principalmente cavalos. No último dia 6, o Supremo
Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional uma lei do Ceará que
regulamentava a vaquejada no estado. Com o entendimento do STF, a
prática passou a ser considerada ilegal, relacionada a maus-tratos de
animais.
O vaqueiro Clayton Araújo, 35 anos, vive em Paratinga (BA) e quer o
retorno da vaquejada que ele conta fazer parte da história de sua
família e diz ser um elemento cultural para muitos nordestinos. Segundo
Clayton, a vaquejada mudou ao longo dos últimos anos e hoje são tomados
cuidados para evitar maus-tratos aos animais.
“Existe toda uma vida por trás disso. Eu nasci e me criei dentro
dela, meu avô era vaqueiro, meu pai é vaqueiro. Não envolve só o
emprego, envolve toda uma cultura, raiz, criação. Já houve maus-tratos;
quando comecei a correr existia a pista dura que maltratava o boi, hoje a
pista é de areia, existia chiar o boi que era derrubar e arrastar e
isso hoje não acontece mais. E também existia correr bezerro e hoje, na
vaquejada regularizada, isso é proibido. Agora usamos o protetor de
cauda”, disse.
Edu Licurgo em defesa das vaquejadas...
Viva a vaquejada.
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