O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi reeleito neste domingo
(06), com 71,3%, segundo os resultados preliminares da apuração. Mas
antes da contagem de votos terminar, milhares de simpatizantes
comemoraram a continuidade do ex-guerrilheiro de 70 anos no poder. Esse
será o terceiro mandato presidencial consecutivo do homem que liderou a
Revolução Sandinista há 37 anos, derrotando da ditadura de Anastásio
Somoza.
Os opositores – entre os quais alguns ex-guerrilheiros que lutaram a
seu lado – acusam Ortega de autoritarismo e de querer perpetuar a
família no poder, como o ditador que ele combateu. Anastásio Somoza foi o
último de uma dinastia que governou a Nicarágua durante mais de 40
anos.
Ortega mudou a Constituição para eliminar os limites da reeleição.
Seu partido, a Frente Sandinista da Liberação Nacional (FSLN), foi
ganhando o controle das instituições. E sua mulher, Rosário Murillo,
será vice-presidente.
Às vésperas das eleições, as pesquisas de opinião davam a vitória do
casal como certa – até porque o maior partido da oposição foi excluído
do pleito e os outros quatro candidatos tinham pouco peso. Ortega não
permitiu a presença de observadores internacionais nesta votação,
levando uma parte dos opositores a criticar a falta de transparência e
fazer campanha pela abstenção.
Reeleito.
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