Vem aí um rolo compressor sobre o conjunto da classe política
brasileira – é o que anunciam fontes da Lava Jato. A megadelação da
Odebrecht, a maior de que se tem notícia, envolve não apenas os donos,
mas toda a diretoria – cerca de 50 executivos – da maior empresa privada
do continente. Atinge, segundo se antecipa, quase todos os
presidenciáveis – os principais. Pode ser conhecida ainda este ano, se a
Procuradoria Geral da República, que promete validar as delações até o
final deste mês, se dispuser a divulgá-la na íntegra.
O próprio Michel Temer foi acusado, esta semana, pela defesa de Dilma
Roussef, de ter recebido cheque de R$ 1 milhão para a campanha de 2014,
o que ele nega, mas não impede que enfraqueça, perante o TSE, a tese de
que as campanhas não se misturaram. E essa mistura, se comprovada, o
afasta inapelavelmente do cargo.
Mesmo não se comprovando, a jurisprudência lhe é desfavorável, uma
vez que, até aqui, delitos de campanha têm penalizado a chapa,
independentemente de quem seja o infrator.
Não vai sobrar nada.
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