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* ‘Condições insalubres e 3 mil armas à espera de perícia’, diz relatório sobre vistoria na polícia técnica do RN.

G1/RN: Instalações inadequadas, paredes mofadas, mau cheiro. Além disso, 3 mil armas de fogo à espera de perícia. Estes são apenas alguns dos problemas apontados pelo relatório elaborado pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (órgão da União independente, mas que funciona em conjunto com o Ministério dos Direitos Humanos) após visita ao Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte, o Itep. “Atmosfera irrespirável. Um lugar totalmente desumano”, descreveram os peritos que estiveram no local. 

O G1 teve acesso ao relatório, que é o mesmo que aponta para a existência de 71 presos ‘desaparecidos’ na Penitenciária Estadual de Alcaçuz – fato que alerta para a possibilidade de o massacre ocorrido em janeiro chegar a aproximadamente 100 mortos. A inspeção em Alcaçuz, e também ao Itep, aconteceu entre os dias 6 e 10 de março. Seis peritos do mecanismo elaboraram o relatório. 

Cópias deste documento foram entregues ao Subcomitê de Prevenção a Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA), conforme previsto pela legislação e pelos tratados internacionais que regulam a atuação do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. 

Sobre o relatório, a assessoria de comunicação do Itep afirmou que o órgão não se pronunciará neste primeiro momento. Contudo, sobre a presença de 3 mil armas sem perícia, disse que as mesmas “estão armazenadas em uma sala-cofre”. E acrescentou: “Em relação a pendências de perícias, a demanda está acumulada devido ao deficit de pessoal do instituto, o que será sanado em breve, com a contratação de servidores mediantes concurso público”.
Laboratório de Balística do Itep, onde são feitas perícias em armas e munições, é uma das salas fechadas e lacradas pela Vigilância Sanitária  (Foto: G1/RN)
Tá difícil.
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