A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse, na tarde desta
quinta-feira (18), que o dinheiro negociado com o empresário Joesley
Batista, um dos donos da JBS, seria devolvido após a venda de um
apartamento da família. Por meio de uma nota, assinada pelo advogado
José Eduardo Alckmin, a defesa diz que Aécio foi “surpreendido com a
gravidade das medidas autorizadas pela Justiça” a partir de uma reunião
que “tratou única e exclusivamente de uma relação entre pessoas
privadas”.
“Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um
apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já
atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos
provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida”,
alega o advogado, que também ressalta que “a intenção do senador sempre
foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário”. Além
disso, Alckmin afirma que a versão contada por Joesley é uma “farsa” e
que o parlamentar foi uma “vítima”.
As diligências realizadas nesta quinta-feira (18), que teve como foco
o senador mineiro, foram desdobramentos das delações premiadas feitas
pelos empresários da JBS e irmãos Joesley e Wesley Batista, que
entregaram à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal
Federal gravações comprometedoras contra Aécio. Em uma das gravações,
Aécio pede ao empresário R$ 2 milhões sob a justificativa de que
precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.
Azedou em Aécio Neves.
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