O empresário e delator Joesley Batista, principal acionista do grupo J&F, dono da JBS, está no Brasil desde domingo e prestou depoimento na Procuradoria da República do Distrito Federal no âmbito da operação Bullish.
A oitiva foi realizada no inquérito que investiga as afirmações
prestadas no acordo de colaboração de Joesley sobre repasses de mais de R$ 80 milhões para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do Partidos dos Trabalhadores.
Deflagrada no dia 12 de maio, cinco dias antes do vazamento da
delação dos executivos da J&F, a Bullish investiga possíveis
irregularidades no repasse de R$ 8,1 bilhões do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas do Grupo
J&F.
A investigação em que Joesley foi
ouvido foi instaurada pelo procurador Ivan Marx porque o desmembramento
promovido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), baseou-se na conexão dos fatos narrados pelos
delatores com as irregularidades no banco público.
Na delação, Joesley Batista narrou que, em 2009, foi criada uma conta
para receber os repasses relacionados a Lula e, no ano seguinte, outra
foi aberta para envio de valores relacionados a Dilma.
O empresário revelou que, em dezembro naquele ano, o BNDES adquiriu de debêntures da JBS, convertidas em
ações, no valor de US$ 2 bilhões, “para apoio do plano de expansão”.
Nossa.
Deu no Correio Braziliense
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