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* Ex-ministro Henrique Alves é o “homem-bomba” de Michel Temer.

Michel Temer chegou ao topo do poder de mãos dadas com os amigos. Assinou o termo de posse como presidente interino, em 13 de maio do ano passado, graças a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comandava a Câmara e colocou em votação o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Aproveitou a tinta da caneta e nomeou o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) como ministro do Turismo e o suplente de deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) como seu assessor especial. O doleiro Lúcio Bolonha Funaro assistiu a tudo em liberdade.

Passado pouco mais de um ano, Cunha, Alves, Rocha Loures e Funaro acompanham de dentro da prisão a crise que se abate sobre o colega presidente, hoje não mais interino. Temer também está atento ao que se passa com seus bons companheiros.

Há entre os ocupantes do Palácio do Planalto o temor de que integrantes desse quarteto possam usar a delação premiada como atalho para abreviar o tempo de cadeia.

Dentre eles, o ex-ministro é do Turistmo, é suspeito de ter recebido R$ 7,15 milhões em propinas de empreiteiras, entre elas uma parte repassada pela OAS relativa à construção da Arena das Dunas, em Natal.

Muito próximo do presidente, trabalhou como arrecadador do PMDB. Manteve influência na área internacional da Petrobras e tinha relação próxima com as construtoras. Além disso, foi responsável por nomeações na Caixa. Sem dúvidas, Henrique Alves pode acabar explodindo a bomba que destruirá de vez o governo de Temer.
O ex-ministro Henrique Alves e o presidente Michel Temer.
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