A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) criticou nesta
segunda-feira uma alardeada “estratégia” montada pela base aliada do
governo do presidente Michel Temer para “constranger” o ministro do
Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na
Corte.
Na quinta-feira passada, deputados governistas protocolaram na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara um pedido de
explicações ao ministro sobre a sua relação com o executivo e delator
premiado do Grupo J&F Ricardo Saud. O empresário teria lhe ajudado
no Senado a ser referendado como novo ministro do Supremo, em maio de
2015.
Em nota, o presidente da entidade, Roberto Carvalho Veloso,
manifestou “indignação e repúdio” quanto a medidas que, no seu
entendimento, visam obstruir a Justiça e enfraquecer o poder judiciário.
“A estratégia de atacar a honra pessoal de magistrados que desempenham
sua função constitucional como forma de intimidação e represália à
atuação livre e independente é conduta que não pode ser admitida no
Estado Democrático e de Direito”, escreveu Veloso.
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