Justiça Federal no Rio Grande do Norte concedeu liberdade, nesta sexta-feira (23), ao empresário Carlos Frederico Queiroz Batista da Silva,
denunciado pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro e
por integrar organização criminosa ligada ao ex-deputado Henrique
Eduardo Alves. Fred Queiroz tinha sido preso no dia 6 de junho, durante a Operação Manus.
A
liberdade do empresário foi assinada pelo juiz federal Francisco
Eduardo Guimarães, atendendo pedido da Procuradoria da República no Rio
Grande do Norte. Para ser solto, Fred Queiroz terá que seguir medidas
cautelares.
De
acordo com a Justiça Federal, ele não poderá ir a nenhum diretório do
PMDB, não poderá ter contato com pessoas investigadas na Operação Manus,
exceto os próprios familiares, e nem poderá ter contato com pessoas que
tenham cargo eletivo do PMDB. Além disso, deverá comparecer mensalmente
à 14ª Vara Federal para prestar informações sobre suas atividades.
O
Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte informou que o
empresário, que estava detido no Quartel do Comando Geral, deixou a
unidade por volta das 19h10 desta sexta-feira (23).
Carlos Frederico Silva é acusado pelos procuradores da República
de lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa. De acordo
com os procuradores, os recursos passaram pelas contas da empresa
Pratika Locação de Equipamentos LTDA., de propriedade de Fred Queiroz.
Os
dados dos repasses, conseguidos pela investigação através de medida
cautelar, e que constam na denúncia, somam mais de R$ 388,2 mil. O
dinheiro foi rateado entre prefeitos, vereadores, um ex-deputado
estadual e outros aliados.
“Sob
pretextos de prestar serviços de ‘militância e mobilização de rua’, a
empresa recebeu valores que, posteriormente, serviram na realidade para
pagar políticos e pessoas politicamente relacionadas no Rio Grande do
Norte, em troca de apoio ao candidato”, diz a denúncia.
Na última quarta-feira (21), o MPF também afirmou que os recursos foram utilizados na compra de votos.
Ao longo da campanha, a Pratika recebeu mais de R$ 9 milhões, dos quais
mais de R$ 5 milhões foram sacados em espécie. De acordo com o
procurador Rodrigo Telles, isso dificulta o rastreamento dos recursos.
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