A prisão do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
na terça-feira, 06, foi recebida no Palácio do Planalto como “parte do
roteiro” de uma ação judicial orquestrada por setores da Polícia
Federal, da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal
Federal contra o governo.
Segundo auxiliares do presidente Michel
Temer, a prisão de um ex-integrante do governo (Alves foi ministro do
peemedebista e de Dilma Rousseff) é mais um fator de desgaste.
Interlocutores
de Temer, logo após a Operação Manus ser deflagrada em Natal,
reconheceram que a prisão de um aliado próximo do presidente gera
efeitos negativos por ter ocorrido no mesmo dia da retomada do
julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral.
De
acordo com um auxiliar de Temer, mesmo que a operação não tenha como
objetivo atingir e ampliar esse desgaste “é o que fica parecendo”.
A
Operação Manus também decretou a prisão do deputado cassado e
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), outro ex-aliado do
presidente Temer, que já está preso em Curitiba. Alves, que também já
foi presidente da Câmara dos Deputados, deixou a gestão Temer ao ser
envolvido na Operação Lava Jato e na ocasião disse que saía para “não
causar constrangimento” ao governo.
Excessos.
Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao comentar a
prisão de Alves, disse que há no Brasil excesso de prisões preventivas.
“(A prisão é) triste. Acho que o Brasil tem vivido um momento difícil.
Acho que tem tido excesso de prisões preventivas”, disse Maia.
Nossa.
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