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* Exonerações no interior do RN são o atestado de óbito do governo Robinson Faria.

A pior crise na segurança pública da história do Rio Grande do Norte, servidores recebendo salários atrasados há mais de ano e agora uma crise indiscutível na saúde pública, agravada pela polêmica em torno do fechamento, ou como o governador Robinson Faria prefere, a readequação dos hospitais do interior do Estado.

Este é o retrato da gestão Robinson Faria, a menos de um ano e meio do fim do seu mandato. As últimas decisões do governador estão sendo consideradas a assinatura do atestado de óbito de sua gestão, um caminho sem volta.

Só nesta semana, o Diário Oficial do Estado trouxe exonerações importantes por motivações políticas, entre elas a do diretor do Hospital Regional de Apodi, Leandro Maia, em uma clara atitude de retaliação ao protesto realizado contra o fechamento do hospital, que foi destaque em todo o Rio Grande do Norte e já motivava outros protestos pelo interior do Estado.

No mesmo dia, a exoneração da diretora administrativa do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, Lúcia Bessa, mais uma vez por perseguição política, gerou o pedido de exoneração do diretor do hospital, Jarbas Mariano, considerado o melhor administrador do hospital nos últimos tempos.

Nos dois anos e quatro meses em que estiveram à frente do Tarcísio Maia, Jarbas e Lúcia conseguiram transformar a realidade do atendimento graças a não interferência política na administração. Os problemas que costumeiramente levavam o hospital à mídia, deixaram de acontecer e hoje os problemas enfrentados pelos pacientes são causados pela inoperância dos municípios de origem dos pacientes e do próprio governo do Estado.

O ex-diretor do Tarcísio Maia afirmou que não tinha clima para continuar no cargo após a exoneração da diretora administrativa simplesmente por perseguição política, pegando de surpresa não apenas ele, como também o secretário de saúde do Estado.

Ao priorizar conveniências políticas em detrimento à competência técnica, em todas as áreas, o governador acaba de vez com qualquer possibilidade de seu governo conseguir sair do buraco, de forma que dificilmente terá condições sequer de colocar seu nome à disputa da reeleição em 2018.
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