Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel
Temer, foi preso preventivamente nesta segunda-feira (3). O Ministério
Público Federal (MPF) argumenta que ele agiu para atrapalhar
investigações, ao tentar barrar uma possível delações premiadas do
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio
Funaro.
Segundo o MPF, a prisão se baseia em depoimentos de Funaro e nas
delações premiadas do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico
do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva.
Na petição apresentada à Justiça, foram citadas mensagens enviadas
recentemente (entre os meses de maio e junho) por Geddel à esposa de
Lúcio Funaro. Para provar, tanto a existência desses contatos quanto a
afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro entregou à
polícia cópias de diversas telas do aplicativo.
Nas mensagens, o ex-ministro, identificado pelo codinome “carainho”,
sonda a mulher do doleiro sobre a disposição dele em se tornar um
colaborador do MPF. Para os investigadores, os novos elementos deixam
claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e
ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa.
Geddel é um dos investigados na Operação Cui Bono. Deflagrada no dia 13
de janeiro, a frente investigativa tem o propósito de apurar
irregularidades cometidas na vice-presidência de Pessoa Jurídica da
Caixa Econômica Federal, durante o período em que foi comandada pelo
político baiano. A investigação teve origem na análise de conversas
registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do
então deputado Eduardo Cunha.
Geddel na cadeia.
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