A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e seu marido, o
ex-ministro Paulo Bernardo, foram acusados de corrupção passiva
qualificada e lavagem de dinheiro no relatório final do inquérito que
investigava as relações de ambos com a empreiteira Odebrecht.
Em nota, a PF afirma que “há elementos suficientes para apontar a
materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e
lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de
gabinete, Leones Dall Agnol e seu marido, Paulo Bernardo da Silva”.
Além do casal, foram indiciados ainda os intermediários no
recebimento de recursos ilegais de campanha, Bruno Martins Gonçalves
Ferreira e Oliveiros Domingos Marques Neto.
Gleisi e Paulo Bernardo foram acusados de receber recursos
irregulares da empreiteira Odebrecht para pagar contas da campanha dela
ao Senado, em 2014. Segundo a PF, foram identificados oito pagamentos de
500 mil reais, além de outros três pagamentos de 150 mil reais –um em
2008 e outros dois em 2010.
A PF aponta ainda a ocorrência de crime eleitoral na campanha de Gleisi ao Senado.
Além desse inquérito, Gleisi já é ré por corrupção passiva e lavagem
de dinheiro no Supremo Tribunal Federal em outro caso, em que é acusada
de receber R$ 1 milhão de dinheiro desviado da Petrobras.
De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, o julgamento deste
primeiro caso deve ocorrer até o final do ano e será um dos primeiros a
serem concluídos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
STF.
PT bem entregue.
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