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* Delegado-geral pede exoneração durante greve de policiais no RN.

Natal, 29 - Sob a alegação de que atingiu o tempo de contribuição previdenciária e diante da atividade de risco que exerce, o delegado-geral de Polícia Civil do Rio Grande do Norte, José Francisco Correia Júnior, anunciou nesta sexta-feira, 29, que deixará o cargo. O anúncio da aposentadoria ocorre num dos períodos mais críticos na segurança pública potiguar.

Desde o início da semana passada, policiais civis e militares, além de bombeiros, delegados e escrivães de Polícia Civil reduziram os serviços a 20% do efetivo. Eles pedem o pagamento dos salários atrasados dos meses de novembro, dezembro e o décimo terceiro - além de melhorias na estrutura de trabalho e regularização das viaturas policiais.

"Não vou aqui relatar aquilo que fiz pela Polícia Civil, até por que não fiz nada a mais que minha obrigação como servidor público, e sim pedir desculpas por aquilo que não pude fazer a mais", relatou o delegado-geral em carta enviada aos colegas de profissão e à secretária de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Sheila Freitas.

Em outro trecho, ele escreve: "Uma decisão, mais difícil do que dar início no exercício de uma atividade tão honrosa quanto a de delegado de Polícia Civil é a decisão de deixar de exercê-la. Sei do momento extremamente delicado que passa toda a segurança pública, todavia, essa decisão já é antiga, tomada há alguns meses, sendo já do conhecimento de alguns colegas".

De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, o cargo de delegado-geral será assumido pela atual adjunta, a também delegada de Polícia Civil Adriana Shirley.
Mais um que jogou a toalha.
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