Apesar da grave crise financeira que assola o país inteiro, e a
escassez hídrica que afeta especialmente o estado do Rio Grande Norte,
nesses quase sete anos de seca, a agricultura potiguar tem driblado a
adversidade apresentando crescimento considerável de produção. O
resultado é fruto de investimentos e políticas públicas adotadas pelo
Governo do RN, principalmente por meio do Projeto Governo Cidadão, com
recursos do Banco Mundial, voltadas para o desenvolvimento do campo
norte riograndense.
Segundo o secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca,
Guilherme Saldanha, o Governo do Estado tem sido incansável em buscar
alternativas para convivência com a adversidade climática da região. “O
governador Robinson Faria manteve o compromisso firmado com o agricultor
norte riograndense, apesar da grave crise financeira, tem apoiado os
projetos de desenvolvimento do agronegócio potiguar. Isso teve papel
fundamental no crescimento da produção e exportação de produtos
agrícolas no Rio Grande do Norte”, afirma Saldanha.
Entre essas ações está o Programa Banco de Sementes, que fornece aos
agricultores familiares cadastrados em todo o estado, os estoques
iniciais ou de reposição de sementes selecionadas de milho e feijão
(subsistência), e sorgo forrageiro (para os rebanhos), além da
distribuição de 2,76 milhões de raquetes de palma forrageira. O Governo
do RN também apoia organizações produtivas da agricultura familiar,
oferecendo suporte financeiro e técnico, visando o desenvolvimento da
Fruticultura Irrigada.
Os Projetos de Iniciativas de Negócios Sustentáveis (PINS) tem por
objetivo à inclusão produtiva e o acesso a mercados, que se dará a
partir da modernização e diversificação dos sistemas de produção,
aumento da produtividade, transformação, legalização, classificação,
padronização, beneficiamento, armazenamento, logística e comercialização
de produtos, observando a regularização das exigências ambientais e
sanitárias. Essa ação possibilita o aumento da competitividade e
conquista de novos mercados. No valor em torno de R$ 9 milhões, esse
edital beneficia 500 famílias (2.000 pessoas) nos territórios de
Açu-Mossoró, Mato Grande, Sertão Central Cabugi Litoral Norte e Sertão
do Apodi.
Medida como a recuperação da infraestrutura do perímetro de irrigação
Osvaldo Amorim, também está sendo adotada. No valor de R$ 8 milhões,
essa ação gera a possibilidade de 7.000 empregos diretos e indiretos. O
perímetro irrigado atualmente está dividido em duas etapas. A primeira
etapa contempla lotes da área piloto e primeira etapa, localiza-se em
Alto do Rodrigues e a segunda etapa, em Afonso Bezerra. Na etapa situada
no município de Alto do Rodrigues, existem 187 lotes que são destinados
a produtores familiares, também chamados de “microempresários”, a
técnicos e engenheiros agrônomos e a empresários. Outras ações em
execução são as estradas do Melão, em Baraúnas, da Castanha, em Serra do
Mel, a reestruturação da pista entre Jucurutu e Caicó, e a estrada da
Produção, de Cerro Corá para Lagoa Nova. Juntas, perfazem R$ 200
milhões.
O efeito de todos esses esforços conjuntos reflete diretamente no
crescimento das exportações de produtos agrícolas que este ano bate
novos recordes. Em 2016, entre os meses de janeiro a novembro, as
exportações de produtos agrícolas e peixes, representaram 54,36% das
exportações totais do estado. Já em 2017, esse percentual subiu para
65,31%. Um aumento significativo de 10,95%, de um ano para outro. Entre
os produtos com maior destaque neste ano, o líder absoluto continua
sendo o melão, representando 57,58% das exportações de produtos
agrícolas do RN. Na sequência temos a melancia, a castanha, o mamão e a
manga. Outras culturas também superaram as expectativas, como a abóbora,
a pimenta e o coco verde.
Os números animadores demostram o grande potencial agrícola que o
estado detém. Com boas previsões climatológicas para o ano que vem, o
produtor do campo ganha um alento a mais para cultivar suas plantações.
As previsões preliminares de Gilmar Bristot, chefe da Unidade
Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte – Emparn, apontam que o período chuvoso de 2018, deverá
começar entre o fim de fevereiro e início de março. As primeiras
análises mostram que existe uma forte tendência de chuvas próximas da
normalidade climatológica, com índices variando entre 800 mm e 1000 mm,
no total, dependendo da região.
Produção agrícola na pauta.
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