Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o
ministro Edson Fachin disse que a família dele tem recebido ameaças --e
que está preocupado com isso, a ponto de ter pedido providências à
presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e à Polícia Federal.
"Uma das preocupações que tenho não é só com julgamento, mas também com
segurança de membros de minha família. Tenho tratado desse tema e de
ameaças que tem sido dirigidas a membros da minha família", disse, em
entrevista ao jornalista Roberto D'Avila. O ministro não especificou de
quem ou de onde vêm as ameaças.
O programa Roberto D'Avila vai ao ar na GloboNews às 21h30.
Segundo Fachin, "algumas providências que solicitei à presidente e a PF
por intermédio da delegada que trabalha aqui no tribunal já estão sendo
adotadas". "Nem todos foram os instrumentos foram agilizados, mas eu
efetivamente ando preocupado com isso --e esperando que não troquemos
fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema.”
Também relator do pedido de habeas corpus preventivo da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro votou pelo "não conhecimento",
isto é, para não aceitar sequer a possibilidade de o pedido de habeas
corpus ser examinado. Justificou que a defesa deveria ter apresentado um
recurso ordinário contra a decisão do início de março da Quinta Turma
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou o pedido para evitar a
prisão de Lula em janeiro.
Ele também votou contra a suspensão da sessão do Supremo e contra a liminar pedida pela defesa de Lula.
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon