A Segunda Turma do Supremo Tribunal
Federal (STF) vai julgar na próxima terça-feira (19) uma ação penal da
Operação Lava Jato que mira a presidente nacional do PT, senadora Gleisi
Hoffmann (PR), e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, investigados
pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A discussão do caso marcará o segundo julgamento de uma ação penal da
Lava Jato na Segunda Turma do STF – colegiado composto por Celso de
Mello (ministro revisor da Lava Jato na turma), Edson Fachin (relator da
Lava Jato), Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Em setembro de 2016, a Segunda Turma do STF decidiu receber por
unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra
Gleisi, o marido e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues. Eles são
acusados de solicitar e receber R$ 1 milhão oriundos de um esquema de
corrupção instalado na diretoria de abastecimento da Petrobrás que teria
favorecido a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010.
Procurado pela reportagem, o gabinete de Gleisi Hoffmann não havia se manifestado até a publicação deste texto.
A ação penal de Gleisi e Paulo Bernardo foi liberada para julgamento pelo ministro Celso de Mello na quinta-feira passada (7).
Primeiro. No mês passado, a Segunda Turma do STF condenou por
unanimidade o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) a 13 anos, 9 meses e
10 dias de prisão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro cometidos em esquema de desvios na
Petrobrás. Meurer se tornou o primeiro parlamentar condenado pela Corte
no âmbito da Operação Lava Jato. O caso chegou ao Supremo em março de
2015.
Meurer poderá recorrer da condenação em liberdade. Os ministros da
Segunda Turma também decidiram que caberá à Câmara analisar se o
parlamentar deve ou não perder o cargo. O deputado terá de pagar uma
multa de cerca de R$ 265 mil, em valores que ainda precisam ser
corrigidos pela inflação.
"gópi"
Estadão Conteúdo
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