Após ver o “Centrão” recuar de um possível apoio para sua campanha, o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes,
“reconheceu” nesta quinta-feira, 19, que “comete alguns erros”, mas
disse que quem quiser ajudá-lo terá que saber que seu governo “servirá
aos mais pobres”. Além disso, Ciro acenou aos partidos de esquerda ao
defender que a paz no País só será restaurada com a “liberdade” do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não vou atravessar esse campo minado, consertar as coisas e trazer
de volta as riquezas para a nação brasileira sozinho. Não tenho esse
poder, preciso sinalizar a todos os brasileiros de boa-fé que não sou o
dono da verdade, eu cometo erros. Não me custa nada reconhecer isso, mas
nenhum deles foi por deserção”, afirmou. “Quem quiser, quem puder me
ajudar, será muito bem-vindo, mas saibam daquela porta para fora que
este governo que eu liderar servirá aos mais pobres e trabalhadores”,
complementou.
Até a semana passada, Ciro tinha mais força e a preferência de pelo
menos dois presidentes dos partidos do bloco formado por DEM, PP, PR,
PRB e Solidariedade. Porém, recentes declarações polêmicas de Ciro
provocaram desgaste e receio nos partidos, como um xingamento a uma
promotora de Justiça, na ação movida por injúria racial em declaração
crítica ao vereador paulistano Fernando Holiday, do DEM. Além disso, há
resistência a propostas econômicas do pedetista, como mostrou reportagem
do jornal O Estado de S. Paulo na edição desta quinta-feira.
Como mantém negociações avançadas com PSB e PCdoB, Ciro Gomes
aproveitou para fazer uma aceno à esquerda, ao condenar o que chamou de
“aberração” por parte do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
ao julgar um pedido de habeas corpus em nome do ex-presidente Lula.
“Aquele domingo último foi uma das coisas mais assustadas que assisti.
Como pode num domingo só tanta aberração lidando com coisas graves como a
liberdade do maior líder popular do País”, complementou.
Na sequência, o pré-candidato condenou o “mau exemplo” da política
brasileira e do Judiciário. “Olhando para a política o que vem todo só
vem o mau exemplo, a roubalheira e o verdadeiro caos institucional. É
procurador fazendo política, juiz fazendo política, invadindo as
atribuições uns dos outros”, disse.
Ciro no colar, colou!
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