A menos de seis meses para o fim de seu mandato, o presidente Michel Temer acelerou a liberação de verba do Orçamento indicada por parlamentares. Foram R$ 5,8 bilhões
pagos em emendas individuais até a primeira semana de julho, mais do
que o total do ano passado inteiro (R$ 4,92 bilhões) e praticamente o
mesmo desembolsado em 2016 (R$ 5,92 bilhões), quando ocorreram as
eleições municipais. Os dados são da Consultoria de Orçamento da Câmara.
As emendas parlamentares são usadas por deputados e senadores para
direcionar recursos para obras ou serviços em seus redutos eleitorais.
Incluem desde dinheiro para obras de infraestrutura, como pontes, até
valores para programas de saúde e educação. É por isso que seu pagamento
é uma moeda de troca valiosa entre base e governo, principalmente em
ano de eleições. O jornal solicitou ao órgão a lista dos parlamentares
contemplados, mas os dados ainda estão sendo tabulados.
O governo argumenta que o aumento do ritmo do pagamento de emendas se
deu por causa do período eleitoral. A lei proíbe a transferência de
recursos da União a Estados e municípios nos três meses que antecedem a
votação. Isso significa que novos repasses estão vedados desde o sábado
passado, a não ser para obras ou serviços já em andamento ou para
emergências.
Temer em ação.
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