A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o arquivamento
de ação de bloqueio de bens no valor de R$ 7,3 milhões do deputado
federal Nelson Meurer, o primeiro condenado na Lava Jato do Supremo
Tribunal Federal. Por meio de imóveis e ativos em empresas, o STF
conseguiu arrecadar todo o valor pedido pela PGR.
Em maio, o Estado revelou que, apesar de o confisco ter sido
concretizado, Raquel ainda queria saber se Meurer teria driblado o
bloqueio ao vender o imóvel para um amigo do deputado federal Fernando
Giacobo (PR-PR).
Após esclarecimentos da defesa de Meurer, a procuradora-geral concluiu pela necessidade de arquivamento da ação cautelar.
“Ao contrário do alega a douta Procuradoria-Geral da
República, a transação ora questionada foi realizada às claras, como não
poderia deixar de ser, vez que, frisa-se, quando da alienação do
imóvel, não recaia sobre o mesmo qualquer impedimento, nem sequer
ajuizamento de qualquer medida cautelar. Longe disso, o ora peticionante
dispunha de maneira plena, para alienar e/ou onerar, o bem que lhe
pertencia”, afirmou a defesa de Meurer, que também anexou documentos
sobre a venda do imóvel.
Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
condenou Meurer (PP-PR) a 13 anos, 9 meses e 10 dias em regime inicial
fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
cometidos em um esquema de desvios na Petrobrás.
Meurer se tornou o primeiro parlamentar condenado pelo STF no âmbito
da Operação Lava Jato, mas pode entrar com recurso em liberdade.
Liberação de milhões na pauta.
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