Boi de piranha é uma expressão popular brasileira. Essa expressão designa uma situação onde um bem menor e de pouco valor é sacrificado para que em troca outros bens mais valiosos não sofram dano. Também pode referir ao sacrifício de um indivíduo na tentativa de livrar outro indivíduo de alguma dificuldade.
Essa expressão, segundo informações, é como está sendo classificada a exoneração do articulador do propinoduto da gestão Allyson Bezerra.
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), decidiu demitir o diretor do Departamento de Gestão Cultural da prefeitura, Thiago Bento. A exoneração foi publicada nesta quarta-feira (1º) no Diário Oficial do Município.
A demissão acontece após a divulgação de um áudio no qual Thiago Bento aparece supostamente negociando o superfaturamento de contratos com companhias teatrais em Mossoró.
Em nota, a prefeitura disse: “A Prefeitura de Mossoró tomou conhecimento de áudio envolvendo servidor do Município, o qual tratava de suposto caso de irregularidade no trato da coisa pública. Referido servidor já foi exonerado e o caso agora deverá ser apurado pelas instâncias competentes”.
No áudio, a voz atribuída a Thiago Bento menciona a prática de inflar os valores dos cachês com o objetivo de garantir uma espécie de comissão nos contratos.
“Tem coisa aqui que eu preciso alterar. Aí o que é que eu vou fazer pra não ficar sem receber nada? Eu vou botar seu cachê 25 mil. Aí é 5 mil eu, entendeu?”, afirma Thiago Bento.
Em outro trecho vazado, Thiago Bento afirma: “Digamos que a companhia cobra 20 mil, 25 mil, a gente coloca 50 mil para a companhia”.
Unha e carne.
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