A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou uma manifestação ao
Supremo Tribunal Federal (STF), no início de junho, afirmando haver
indícios de que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) atuou para favorecer a
empreiteira OAS no trâmite da medida provisória 600/2012, sobre
licitações de obras em aeroportos durante o governo de Dilma Rousseff
(PT).
Para a procuradoria, o parlamentar pode ter recebido R$ 700 milhões
entre 2013 e 2014 para influenciar Dilma em vetos parciais que
beneficiariam a empreiteira.
De acordo com o Estadão, o
ministro Celso de Mello, relator do processo, aceitou o pedido da PGR e
enviou o inquérito à Polícia Federal (PF) para conclusão das apurações.
A PF encontrou mensagens no celular do ex-presidente da OAS, Léo
Pinheiro, que indicam que ele teria se encontrado com Lindbergh para
tratar do assunto.
Segundo O Globo, os
investigadores colheram indícios de que a OAS repassou ao menos R$ 700
mil a Lindbergh através de pagamentos de serviços de publicidade em
caixa dois.
O parlamentar se manifestou sobre o assunto no Twitter. "Eles
insinuam que eu teria trabalhado a favor de uma MP que supostamente
interessaria a OAS. Mas, como eu poderia ter feito isso se: 1) não era
responsável pela elaboração dessa medida; 2) não participei da comissão
do Senado que a discutiu; e 3) nem sequer participei da votação da MP?",
escreveu. "Não vão me intimidar, não vão me fazer parar de lutar contra
a prisão de Lula, contra as reformas trabalhista e da previdência e
contra esse sistema político e jurídico podre!", continuou.
Não escapa um né seu moço!
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