Responsável pela decisão administrativa que negou ao ex-presidente Lula a permissão de ir ao enterro do irmão,
o superintendente da Polícia Federal no Paraná, Luciano Flores de Lima,
voltou a defender, nesta quinta (31), os argumentos do órgão, e disse
que atender ao pedido da defesa era impossível.
“Temos que botar na balança se é possível e se o pedido vai ser alcançado”, afirmou, depois de questionado pela Folha durante entrevista sobre a nova fase da Operação Lava Jato.
“Eu não entendi a polêmica. Simplesmente não era possível; não
dependia da boa vontade de ninguém. Apenas não havia condições
logísticas e policiais suficientes para garantir a segurança do próprio
conduzido e dos agentes públicos.”
O irmão de Lula Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi enterrado nesta quarta (30) em São Bernardo do Campo.
A defesa do ex-presidente pediu que ele fosse ao local, argumentando
que este era um direito humanitário e previsto em lei, mas a permissão só foi concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), depois de duas negativas da Justiça, pouco antes do sepultamento.
Flores afirmou que não havia condições logísticas e, principalmente,
de segurança para fazer o transporte e escolta de Lula até São Bernardo
do Campo.
Além da falta de aeronaves disponíveis,
a PF mencionou riscos de manifestações e aglomerações durante o
enterro, e que poderiam, segundo o órgão, criar possibilidades de fuga
ou colocar em risco a integridade física do ex-presidente e dos agentes
de segurança.
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FOLHAPRESS
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