Na entrevista exclusiva à Revista Veja, o engenheiro Otávio Pessoa Cintra também revela que Dilma Rousseff e Sérgio Gabrielli sabiam de todo o esquema de corrupção envolvendo a usina de Pasadena.
O senhor alertou seus superiores sobre as irregularidades na compra de Pasadena? No
segundo semestre de 2005, tive um encontro com o deputado Jorge Bittar.
Eu falei: “Deputado, tem irregularidade na compra de Pasadena. Meia
dúzia de suspeitos estão envolvidos nessa negociação”. Quem intermediou o
encontro no gabinete do deputado, no Edifício Di Paoli, no Rio, foi meu
amigo, o Paulo César Araújo, que trabalhava com o Bittar. O Bittar,
então, levou o assunto à ministra da Casa Civil da Presidência da
República e ao presidente a Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Como é que o senhor sabe que a então ministra Dilma foi alertada? O
Paulo César, assessor do Bittar, me confirmou. Quando estourou a
Operação Lava Jato, tivemos outro encontro, em 2014, no mesmo Edifício
Di Paoli. O Paulo falou: “O pior é que sua denúncia foi levada à Casa
Civil e ao Gabrielli”. A Dilma e o Gabrielli sabiam. O Bittar foi à Casa
Civil e ao Gabrielli. Eu só tomei conhecimento agora em 2014 que a
Dilma sabia de tudo.
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