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* Criação do PSD agrava crise interna no governo.

O mal-estar gerado entre o governo Rosalba Ciarlini (DEM) e o grupo do vice-governador Robinson Faria (PSD) se agravou e movimentou o cenário político (mesmo que ainda no campo dos bastidores) durante o final de semana e feriado desta segunda-feira. Ontem, Robinson, que é presidente estadual do PSD, dedicou parte do dia em conversas para evitar um esfacelamento em massa do grupo que há poucos dias dava-se como certa a filiação à nova legenda. O primeiro recuo deve partir do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PMN), que já revelara a pessoas próximas a decisão de permanecer no PMN. Ainda não se sabe os destinos de três candidatos a assentos no PSD - os deputados Vivaldo Costa (PR), Gustavo Carvalho  (PSB) e Raimundo Fernandes - mas este último foi chamado ontem para uma conversa com o vice-governador. Entre os parlamentares que afirmaram em um primeiro momento a intenção de engrossar o partido fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, apenas Gesane Marinho e José Dias mantêm contundência ao falar sobre o assunto.

"Essa vergonha eu não darei aos meus eleitores, nem aos meus pais - que já morreram, e nem ao meu filho. Meu eleitorado não vai me cobrar dignidade. Não me elegi para me vender. Meu mandato vale muito pouco, mas não está à venda", esbravejou o ex-peemedebista ao reafirmar o ingresso no PSD. Gesane postou no twitter que já assinalou a ficha de filiação ao novo partido. A querela entre governo e grupo peessedista teve início com o envio da mensagem do Executivo solicitando um empréstimo de US$ 540 milhões ao Bird, em cujo rol de beneficiados foi excluída a Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que tem como titular o vice-governador.
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