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* Lixo hospitalar não tem destinação correta no interior.

Pelo menos 50% das 160 unidades de saúde do interior do estado, entre públicas e privadas, apresentam problemas na hora de manejar o lixo hospitalar. Apesar de ter crescido o número de estabelecimentos que fazem a destinação correta dos resíduos, muitos hospitais ainda apresentam dificuldades, por exemplo, na hora de ensacar e abrigar corretamente o lixo. Somado ao problema acentuado de manejo está a destinação correta do lixo. A Stericycle (Serquip), a única empresa do Rio Grande do Norte que faz o serviço de coleta de resíduos hospitalares, diz que dos 167 municípios do estado, apenas 69 são seus clientes.

Em outubro do ano passado, o Brasil se preocupou com os dois contêineres apreendidos no Porto de Suape (Pernambuco), vindos dos Estados Unidos, contendo 46 toneladas de lixo hospitalar. A fiscalização da Vigilância Sanitária encontrou dentro das caixas materiais similares aos reaproveitados no polo têxtil da região, o segundo maior do país. Já na região metropolitana de Natal, o ano de 2011 foi do descarte irregular de medicamentos. Ocorreram casos em Jenipabu, na Cidade da Esperança e no conjunto Cidade Satélite. Em algumas situações as pessoas queriam reaproveitar o remédio. Tanto no caso do lixo como dos remédios, o risco de infecção por parte dos que fazem o manuseio desses resíduos é altíssimo.

Além da falta de consciência das empresas geradoras, a ausência de fiscalização nesses locais pode ser apontada como um dos fatores que colaboram para o descarte inadequado. A fiscal e bióloga da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Suvisa), Maria Auxiliadora Barros, explicou que o órgão é responsável por fiscalizar todos os estabelecimentos que geram resíduo no estado, com exceção de Natal e Mossoró, que fazem o trabalho por meio das suas secretarias de Saúde. "São 160 unidades de saúde, 200 laboratórios e os serviços de diagnóstico", declarou.
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