A ideia é ensinar o básico. "Fruits" (frutas), por exemplo. Mas o
"vocabulário técnico", como "condom" (preservativo), também estará
presente em aulas de inglês que prostitutas de Belo Horizonte terão para
receber os turistas na Copa de 2014. "Elas vão aprender frutas,
verduras, legumes. Mas algumas palavras a gente pode trabalhar mais, no
sexo, no fetiche", diz Cida Vieira, 46, presidente da Associação de
Prostitutas de Minas Gerais.
Cerca de 20 garotas de programa já se
inscreveram para participar do curso gratuito, organizado pela
instituição. A expectativa de Cida é que até 300 das 4.000 associadas
frequentem as aulas até o final do ano. As classes de idiomas já têm
local para acontecer: uma sala cedida pela Associação dos Amigos da Rua
Guaicurus (zona de prostituição de Belo Horizonte).
O grupo busca
professores voluntários. A vice-presidente Laura do Espírito Santo, 54
(mas "colocando muita menina de 20 no chinelo"), diz que a associação já
conta com psicólogos e médicos voluntários, o que a faz acreditar que
não haverá dificuldade. A ideia é que o curso dure entre seis e oito
meses e que as primeiras turmas tenham início até março. A associação
planeja ainda aulas de francês e italiano.
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