Após anunciar a criação de uma diretoria de governança na Petrobras,
motivada por denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, a presidente
da estatal, Graça Foster, admitiu nesta segunda-feira (17) que foi
informada pela empresa SBM Offshore de que funcionários da empresa
receberam propina da companhia holandesa.
Em março deste ano, a Petrobras afirmou que uma comissão interna criada
pela estatal para investigar as denúncias não havia encontrado “fatos
ou documentos que evidenciem" esse tipo de pagamento.
"No caso da SBM, nós fizemos uma comissão interna de apuração que
levou, se não me engano, 45 dias, e nessa apuração, nós não
identificamos nenhuma não conformidade nos processos de contratação e,
mais do isso, naquele período, nós não identificamos nenhuma sinalização
de que pudesse ter havido corrupção na companhia. E foi assim que
terminamos nosso trabalho", disse Graça Foster.
Ela admite, no entanto, que foi informada de que “havia, sim, pagamento
de propina”. "Nós informamos aquilo que nós identificamos, nenhuma não
conformidade nesse sentido. Passadas algumas semanas ou alguns meses, eu
fui informada de que havia, sim, pagamento de propina para empregado ou
ex-empregado de Petrobras”, afirmou Graça.
“Nós recebemos informações da própria SBM que havia pagamento de propina para funcionário da Petrobras
e imediatamente foi cortado. Fizemos algumas visitas, idas, à Holanda,
aos Estados Unidos, inclusive, para tentar obter informações, nomes, sem
sucesso. Então, até hoje não sabemos quem, nem quando. Quem paga essa
conta é a própria SBM que fica fora das licitações”, declarou.
Larápios.
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