O governo dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira uma
aproximação histórica de Cuba, ao anunciar a normalização das relações
diplomáticas plenas e o alívio de diversas sanções em vigor há meio
século, informou o presidente Barack Obama em um pronunciamento na Casa
Branca. O presidente americano manteve na terça-feira uma longa conversa
telefônica com o ditador cubano, Raúl Castro, disse a fonte, e ambos
acordaram a abertura de embaixadas "nos próximos meses". Obama anunciou
"fim de uma política obsoleta" em relação a Cuba e que "fracassou
durante décadas".
Em um acordo costurado durante 18 meses de negociações secretas
hospedadas em grande parte no Canadá e encorajado pelo papa Francisco,
que organizou uma reunião final no Vaticano, o presidente Obama e o
ditador Raúl Castro de Cuba concordaram em deixar de para trás décadas
de hostilidade para construir uma nova relação entre os EUA e a ilha
comunista que fica a apenas 90 minutos da costa americana. Em seu
pronunciamento, Obama agradeceu ao papa Francisco e ao Canadá.
Em Havana, em um pronunciamento lido ao vivo na TV estatal, Raúl
Castro anunciou o reestabelecimento de relações diplomáticas com os EUA,
"mas isso não quer dizer que o principal está resolvido" – ressaltou o
ditador. "Propomos a adoção de medidas mútuas por parte dos dois países.
Reconhecemos que temos profundas diferenças, como em questões de
soberania e direitos humanos, mas queremos melhorar as relações. Os
progressos já obtidos demonstram que é possível encontrar soluções para
muitos problemas". Assim como Obama. Castro também agradeceu ao Canadá e
ao Vaticano.
Os Estados Unidos vão aliviar as restrições bancárias sobre as
remessas de dinheiro para Cuba, e de viagens. Havana se comprometeu a
libertar 53 cubanos identificados como presos políticos por parte do
governo dos Estados Unidos. Embora o embargo americano sobre Cuba
permaneça em vigor, o governo sinalizou que gostaria de negociar com o
Congresso o alívio das sanções.
Os republicanos reagiram com indignação à iniciativa da administração
Obama para a normalizar as relações com Cuba. O senador Marco Rubio,
filho de imigrantes cubanos e um provável candidato presidencial
republicano, prometeu tentar inviabilizar a iniciativa da Casa Branca.
"Satisfazer os irmãos Castro só irá motivar outros tiranos, de Caracas a
Teerã e Pyongyang, para que eles possam tirar proveito da ingenuidade
do presidente Barack Obama", disse Rubio.
Obama.
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