presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado no Uruguai que o
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi "infeliz" ao declarar que a "brincadeira" da desoneração da folha de pagamento de segmentos empresariais custa R$ 25 bilhões por ano e é "extremamente cara".
Levy fez o comentário nesta sexta-feira, ao anunciar uma redução na
desoneração, que, para ele, "não deu os resultados que se imaginava" e
não serviu para proteger o nível de emprego. Segundo o ministro, em um
momento em que a economia está se ajustando, as empresas também "vão ter
de se ajustar". Para ele, o setor empresarial vai descobrir novos
caminhos para continuar crescendo com menos transferências e renúncias
fiscais do governo.
Dilma contestou a declaração do ministro durante entrevista em Colonia
do Sacramento, no Uruguai, antes de participar da inauguração de um
parque eólico resultante de parceria entre as estatais brasileira
Eletrobras e uruguaia UTE.
"Acredito que a desoneração da folha foi importantíssima – e continua
sendo. Se ela não fosse importante, nós tínhamos eliminado e
simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do
adjetivo. Agora, o fato é que tanto o ministro como todos os setores
estão comprometidos com uma melhoria das condições fiscais do país",
declarou Dilma.
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