Um
total de 102 ações já foram apresentadas pelo MPF desde 2012 e somam R$
4,2 milhões em pedidos de ressarcimento. MPF também requer execução de
pena de Rychardson de Macedo
O
Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) apresentou 45
novas ações relacionadas à Operação Pecado Capital, que trata de
irregularidades cometidas durante as gestões dos ex-diretores do
Instituto de Pesos e Medidas (Ipem/RN), Rychardson de Macedo e Augusto
Halley Targino, entre 2005 e 2010. Dessas, 21 são denúncias relacionadas
a fatos já revelados em ações de improbidade impetradas em 2014 contra o
ex-deputado Gilson Moura; porém há 13 novas denúncias, dez novas ações
de improbidade e ainda uma ação civil pública.
O
ex-deputado, que indicou Rychardson para a direção do Ipem em 2007, está
envolvido também na maior parte das irregularidades listadas nas novas
ações e é apontado como um dos “líderes” do esquema de desvio de
recursos montado no instituto, assim como o advogado Lauro Maia, filho
da ex-governadora Wilma de Faria.
A lista
de implicados nas 102 ações já apresentadas pelo MPF inclui 79 pessoas e
24 empresas. Dentre os denunciados estão a ex-governadora e o advogado
Fernando Antônio Leal Caldas Filho, apontado como o elo entre Lauro Maia
e Rychardson de Macedo, sem contar diretores do Inmetro, como o
auditor-chefe José Autran Teles e o ex-diretor administrativo-financeiro
Antônio Godinho.
As 102
ações, todas de autoria do procurador da República Rodrigo Telles, somam
R$ 4,2 milhões em pedidos de ressarcimento aos cofres públicos, em
valores ainda não corrigidos. Esse dinheiro foi desviado através de
ilegalidades como a contratação de “funcionários fantasmas”, concessão
indevida de diárias, realização de fraudes em licitações e em contratos
administrativos, além da cobrança de propina, superfaturamento de gastos
e pagamento por serviços não prestados.
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